"Trata-se de um investimento que apoia os mais necessitados e desprotegidos, com o princípio da inclusão. Sempre lutei para que todos se sentissem incluídos na nossa comunidade. Juntamos os nossos parceiros para promover o desenvolvimento sustentado em benefício de todos, fruto de um trabalho meticuloso, com mérito para todos aqueles que sempre acreditaram mesmo em momentos de maior dificuldade", palavras do presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva, nas cerimónias de inauguração.
Decorreu no dia 31 de agosto a inauguração de importantes equipamentos que promovem várias respostas sociais para o concelho direcionadas aos idosos e às pessoas portadoras de deficiência. Refira-se a inauguração do CAO, Centro de Atividades Ocupacionais, o lar Residencial e Residência Autónoma e ainda o Lar da Santa Casa da Misericórdia de S. Bento de Arnoia. Cerimónias que contaram com a presença do Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho.
No que respeita ao CAO, Lar Residencial e Residência Autónoma o autarca celoricense mostrou-se agradado por dar resposta às necessidades das pessoas portadoras de deficiência. "Era uma lacuna que precisa de ser sanada. Precisávamos de dar respostas que fossem de encontro às necessidades das pessoas portadoras de deficiência no nosso concelho e também em Mondim de Basto, concelho vizinho. A Ação Social sempre foi uma das causas que mais abracei desde que me encontro no executivo municipal. Criamos um conselho Local de Ação Social, criamos uma rede social, juntamos os nossos parceiros, a Santa Casa, todas as IPSS´s, juntas de freguesia para promover o desenvolvimento sustentado do nosso concelho".
O edil celoricense salientou a importância de "responder de forma concertada para colmatar os dramas sociais vividos por crianças, idosos, pessoas excluídas e marginalizadas e sobretudo aqueles que estão na condição de deficiência e que vivem esses dramas sociais de uma forma mais acrescida." Na inauguração deste equipamento Joaquim Mota e Silva destacou a assinatura do Acordo de Cooperação para seja financiado ao nível de cada utente de forma a sustentar o funcionamento integral do mesmo. "É impensável um equipamento com esta amplitude ter qualquer viabilidade sem o suporte do Estado" retorquiu.
No que respeita ao lar da Santa Casa da misericórdia de Arnoia o autarca não pode deixar de salientar a força da "ambição, espectativas, determinação mas também ansiedade que levou ao criar as melhores instalações. Esta instituição lançou-se com arrojo para um investimento desta estirpe para colmatar as necessidades, fruto de um grande esforço e de um grande trabalho de entreajuda na ótica de manter o interesse coletivo acima de qualquer interesse pessoal". Ficou ainda claro que o município, apesar das dificuldades que o país atravessa, vai transportar para esta instituição em um ano aquilo que deveria ser transportado em 7 anos.
O autarca reforça a necessidade de continuar a lutar contra a "burocracia impregnada para que os processos sejam ágeis para podermos honrar e saldar as nossas dívidas".
O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, seguiu o mesmo raciocínio do autarca municipal e salientou que "a máquina burocrática do Estado torna mais difícil a vida de quem já vive momentos complicados. O Estado pretende desafiar os parceiros a executar funções que o Estado desempenha numa ótica de proximidade entre autarquias e instituições de solidariedade social. O que importa é ajudar quando realmente é necessário e se o Estado não tem essa capacidade deve delegar funções junto daqueles que estão mais próximos das populações". Neste âmbito o Secretário de Estado reforçou a visão estratégica do atual presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto nos diferentes projetos desenvolvidos junto dos mais necessitados.
Note-se que o Estado ao transferir os trabalhos que lhe estão incumbidos para os parceiros dá-lhes a oportunidade de executar funções que, se fosse o Estado a fazer, custariam três vezes mais.
Agostinho Branquinho salientou ainda que "apesar dos constrangimentos financeiros do Estado, aumentamos, pelo 2º ano, o apoio às instituições de Solidariedade Social em 1,2 mil ME.
Ficou ainda claro o aumento do apoio do POPH, Programa Operacional Potencial Humano, que aumentou o financiamento de 75% para 90%.
Recorde-se que estas inaugurações contaram, para além do Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social e do presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, com a presença de uma série de individualidades de destaque a referir a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Arnoia, Graça Mota e toda a sua equipa, o provedor de Barcelos como representantes da União das Misericórdias, António Pedras, deputados da Assembleia da República, autarcas, párocos, e muitos outros.
No que respeita ao CAO, Lar Residencial e residência Autónoma fica perentório que a criação destes equipamentos resulta da necessidade em dar resposta, principalmente, às necessidades dos deficientes graves.
O CAO, Centro de Atividades Ocupacionais, visa a valorização pessoal e a integração social das pessoas com deficiência, permitindo o desenvolvimento possível das suas capacidades, sem vinculação a exigências de rendimento profissional ou de enquadramento normativo de natureza jurídico-laboral. Pretende ainda, estimular e facilitar o desenvolvimento possível das capacidades remanescentes das pessoas com deficiência grave, facilitar a sua integração social e facilitar o encaminhamento da pessoa com deficiência, sempre que possível, para programas adequados de integração socioprofissional. Esta funcionalidade tem capacidade para albergar 30 utentes.
A Residência Autónoma assume-se como um apartamento Tipologia T3, e proporciona aos seus habitantes tudo o que é natural encontrar numa habitação convencional, numa lógica de independência funcional do Lar Residencial. Esta valência tem capacidade para 5 utentes
O Lar Residencial tem capacidade para 12 utentes sendo composto por 5 quartos duplos e dois individuais. O Objetivo do Lar Residencial é acolher pessoas portadoras de deficiência, que se encontrem impedidas, temporariamente ou definitivamente, de residir no seu seio familiar.
Esta obra é designada como Associação de Solidariedade Social de Basto - CAO, Residência Autónoma e Lar Residencial e teve custo de 1.447.534,22€.
O novo lar da Santa Casa da Misericórdia de Arnoia está agora munido de todas as condições para responder da melhor forma às necessidades da população no que respeita ao apoio aos idosos do concelho.